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Banda larga e educação: uma questão política

O período eleitoral é marcado por discussões acaloradas, ataques e promessas das mais variadas. Temas de maior relevância social como saúde, educação, segurança pública, etc., são objetos da atenção de todos os candidatos nessa fase. Nós da Mídia Social Educação na Cultura Digital fomos tentar compreender quais são as propostas do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff para a área que nos interessa: Educação na cultura digital.

Iniciamos nossa busca pelo Programa de Governo, apresentado ao país durante a campanha de 2014. Não encontramos nenhuma menção à associação entre as duas categorias. Educação é tratada de maneira ampla, e o termo Cultura Digital simplesmente não é encontrado no documento. O trabalho, assim, precisou continuar em outras frentes, observando como a presidenta se manifestou sobre o assunto em diversos meios de comunicação.

Algumas temáticas, contudo, perpassam essa discussão e merecem ser analisadas. Talvez a principal delas seja a proposta do Plano Nacional de Banda Larga no país. A meta da presidenta seria oferecer uma conexão de 1 Mega por R$35 mensais. A decisão já foi comunicada inclusive ao Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para que ele consiga negociar com as operadoras a implementação de seu objetivo. Tal política pública teria efeito direto nas escolas, por exemplo, que sofrem com a ineficiência desse serviço já há bastante tempo. Se efetivada, a proposta prevê inclusive equipar todas as escolas públicas do país com banda larga gratuita. Quer ver o que a presidenta Dilma prometeu por ela mesma? Veja aqui, num programa de 09 de junho de 2014.

No entanto, não há boa política pública que não tenha raízes em manifestações, organizações, mobilizações e participações populares. Antes, na época e após a campanha, temos vários exemplos disso como a Campanha da Banda Larga, envolvendo várias associações sob o lema “Banda larga é um direito seu!”. Vale a pena consultar também o Caminhos da Banda Larga, do Coletivo Intervozes, com ativismo no campo da comunicação. É importante lembrar que existe no Brasil um Comitê Gestor da Internet, aberto à governança e participação multissetorial.

A velocidade da conexão, sabemos, não garante integração da Internet aos currículos escolares, mas é um fator estrutural fundamental. Voltando à realidade após as eleições, milhões de estudantes e professores continuam no desafio da construção de uma educação cada vez mais integrada crítica e criativamente à cultura digital. Discuta conosco! Qual é a situação da internet na sua cidade, na sua casa, na sua escola?

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2 Comentários  

  • Henrique
    10 de dezembro de 2014 - 11:06/ Responder
  • Pauline Ataide

    Sem dúvidas o acesso à Internet é importante, mas também mais fatores devem estar aliados para que a Cultura Digital seja inserida dentro das Competências e Habilidades no Currículo. A infraestrutura por exemplo, as escolas precisam estar bem equipadas; professores com formação contínua e troca de experiências com esse tema; a própria mudança cultural no uso das TICs e mais fatores, como a valorização do Profissional em Tecnologias. O processo ensino aprendizagem vai passar por essas mudanças. Políticas públicas como as que foram colocadas em questão são de fundamental importância, pois a mediação do conhecimento deve estar ao alcance de todos

    Cordialmente

    Professora Pauline Ataide
    IEE Florianópolis SC

    17 de dezembro de 2014 - 17:32/ Responder

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