Em atividade desde 2006, o curso de graduação à distância – Licenciatura em Física, da UFSC, acaba de formar mais uma turma. Os alunos que ingressaram em 2009 realizaram a cerimônia de colação de grau no final de agosto deste ano. A turma mais recente iniciou a graduação EaD no segundo semestre de 2013.

O curso é destinado a várias regiões de Santa Catarina e composto por aulas virtuais, dois encontros presenciais, duas vídeo conferências, três encontros com os respectivos tutores e três provas presenciais nas cidades pólo por semestre. Cada disciplina tem uma página no Moodle e seu próprio tutor. Mesmo assim, muitos professores aliam à ferramenta o uso do Facebook, e-mail e Skype.  Como intermediadores do processo de aprendizagem, há dois tipos de tutores, os presenciais e os virtuais. Os primeiros são responsáveis pela disciplina e os segundos pelo pólo. Em média, há um tutor para cada 15 alunos.

Apesar dos cerca de 50 professores do curso EaD também ministrarem aulas em cursos presenciais da UFSC e dos dois diplomas terem a mesma garantia,  a estrutura deles se difere e é adequada para cada modalidade. Os conteúdos foram adaptados através de vídeos, animações e hipermídias em parceria com o LANTEC(Laboratório de Novas Tecnologias da UFSC). As disciplinas que apresentam um nível de dificuldade maior são divididas em duas para facilitar o aprendizado dos alunos EaD. Esta é a razão para a graduação presencial ter 9 e a à distância 10 semestres.

A modalidade EaD não é oferecida todos os anos. A primeira turma ingressou em 2006, a segunda em 2009 e a última em 2013. Por esse motivo, quando um aluno reprova, a espera para refazer a matéria pode ser longa. Mesmo assim, o índice de aproximadamente 90% de evasão é similar ao curso presencial. O coordenador Márcio Santos explica que a evasão se relaciona mais ao caráter que à modalidade do curso e acrescenta: “Enquanto no curso presencial os alunos costumam ser jovens recém-saídos do Ensino Médio, no EaD a média de idade é de 26 anos. Alguns são professores, engenheiros, matemáticos, outros não tem formação. Na maioria dos casos, são pessoas que trabalham em escolas e precisam se capacitar para atender às exigências profissionais.”

José Ricardo Marinelli é professor em disciplinas à distância desde 2007 e coordenador de tutoria do curso de Licenciatura em Física/EaD há pouco mais de seis meses. José conta que a experiência nos cursos EaD trazem benefícios ao ensino de disciplinas presenciais e acredita que a principal diferença entre as duas modalidades está na capacidade de motivar os alunos e conseguir perceber as dificuldades que estão tendo. “Essas diferenças podem ser minimizadas se explorarmos melhor as possibilidades que as mídias nos proporcionam atualmente. Em geral, tanto o professor quanto o aluno precisam utilizar mais a troca de informações escritas, para estimular a troca de informações e discussões”, afirma Marinelli.

Foto: Formandos Física EaD 2014.01