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Política com humor por meio de charges, cartuns e tirinhas

A cena política, atual, ferve. Em meio a denúncias de corrupção, incitações diversas – discussões e decisões políticas. Estas estão presentes na vida das pessoas em seus cotidianos. Nos temas transversais, existe a solicitude com a formação crítica dos cidadãos. Como indivíduos interagindo e inferindo em suas relações com o mundo, é importante entenderem-se como seres políticos. E, desta forma, percebam a importância de desenvolver uma consciência crítica sobre suas realidades.

Uma das manifestações mais comuns de crítica, protesto e reflexão sobre os acontecimentos políticos e sociais ocorrem nas difusões diárias, como nos jornais e revistas, por meio do humor, especialmente, das charges, cartuns e das tirinhas. Atualmente, também são bastante divulgadas pela internet, em formato de jornais e revistas eletrônicas e, muitas vezes, em páginas independentes dos grandes meios de comunicação.

As charges, de modo geral, apresentam comentários sobre a situação política e social, geralmente dialogando com acontecimentos da atualidade. Já o cartum, podemos dizer que é atemporal, isto é, utiliza elementos que podem ser entendidos em qualquer período e em qualquer lugar. Já, as tirinhas costumam ter personagens constantes, que desenvolvem ações e diálogos no formato de quadrinhos em sequência.

As charges e cartuns são modos de manifestação artística extremamente sarcásticas e, ao mesmo tempo, carregada de ideologia. Na imprensa nacional, é tradição comentar temas diversos por meio do humor gráfico, entre muitos artistas destacam-se: Henfil; Millôr Fernandes; Jaguar; Ziraldo; Laerte; Angeli; Daniel Azulay; Glauco; Ota; Maurício de Souza; Miguel Paiva; Andre Dahmer; entre outros.

Assim, compreender que a Arte pode ser utilizada como ferramenta política nas mais diversas situações; perceber que os meios de comunicação veiculam ideais de indivíduos ou grupos, e que historicamente é veículo de resistência a opressão; diferenciar Charge, Cartum e Tirinha; promover a leitura, a produção e a socialização de Cartuns e Charges foram os objetivos desta atividade.

Entre os recursos tecnológicos, utilizamos charges veiculadas na internet, jornais e revistas; o laboratório de informática e ferramenta de produtividade digital gratuita como “GIMP” e “Kolourpaint”; materiais artísticos diversos; exposição e discussão das produções dos educandos com a comunidade escolar em espaços físicos e virtuais. Desta forma, este projeto teve também a intenção de valorizar a produção dos educandos criando diálogos com a produção de arte de modo global.

O projeto ocorreu na comunidade da Escola de Educação Básica Alfredo Zimmermann, em especial, com os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental, atrelado as disciplinas de Língua Portuguesa, com potencial em ser trabalhado em gêneros textuais, linguagem verbal e não verbal; e em História explorando as charges e ou cartuns para compreender e interpretar fatos históricos. Também pode ser articulado com outras disciplinas como Geografia e Sociologia.

O projeto foi desenvolvido em quatro etapas:
1. Introdução ao assunto com leituras de imagens alusivas à charge, tirinhas e       cartuns, após uma pesquisa sobre as diferenças entre cada um;

  1. O educando pesquisou charges, tirinhas e cartuns, atuais e, escolheu uma, a qual acredita que se relacione com algum tema atual, compartilhando com os colegas e o professor;
  2. Os estudantes criaram a sua própria charge, ou tirinha, ou cartum, desenvolvendo dentro do mesmo tema que havia escolhido na etapa 2, porém, tomando o cuidado de criar outras situações e personagens. Sendo assim, as produções deveriam conter opinião, uma visão de mundo, ou algo que se pretenda criticar. Os temas podiam ser assuntos da unidade e comunidade escolar. Os meios de produção poderiam ser os tradicionais (papel, lápis, nanquim, tintas, etc.), digitais ou mistos (com meios tradicionais e digitais);
  3. Foi montada uma exposição com a produção dos estudantes em espaço físico aberto para a apreciação da comunidade escolar e público em geral, além da montagem de uma galeria virtual no blog da escola e página de redes sociais.

Fonte: Tarsis Flôr, professor de Artes da Escola de Educação Básica Alfredo Zimmermann, de Guaramirim (SC).

3 Comentários  

  • Foto de perfil de Taíse Ceolin
    Taíse Ceolin

    Parabéns professor Tarsis Flor e também aos estudantes da Escola E.B. Alfredo Zimmermann pela expressão crítica e criativa da compreensão da realidade em que vivemos. O currículo escolar pode sim ser pensado e praticado articulando os conteúdos sociais por meio das tecnologias. Adorei a proposta do trabalho e os resultados ficaram incríveis. 🙂

    20 de maio de 2016 - 14:53/ Responder
  • Neide dos Santos P. da Silva

    Ótima ideia e didática, foi bem criativa e atual.

    20 de maio de 2016 - 18:25/ Responder
  • Chrisitane Pereira do Amaral Tomasi

    Ótima ideia, Parabéns por fazer a diferença e fazer com que nós professores de arte somos capazes ensinar através das artes associadas as tecnologias e promover uma aprendizagem com qualidade acima de tudo.

    21 de maio de 2016 - 01:15/ Responder

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